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22 de julho cinema

Postado em: 31 de julho de 2020

Cinema

Quando vejo que um filme é baseado em fatos reais, eu me preparo para prestar o máximo de atenção possível. Dessa forma, quando eu for ler os relatos sobre o que aconteceu, consigo visualizar melhor. Mas, também me preparo psicologicamente para o que está por vir. 22 de Julho, é um filme o qual eu não estava 100% preparada para o que ia acontecer.

Sinopse 22 de Julho

Em 2011, na Noruega, um homem chamado Anders Behring Breivik planeja um atentado para expor a sua indignação com as mudanças que o país vem tendo sobre questões sobre imigração. Seu foco é a zona de prédios do governo norueguês e o acampamento de Utøya, onde centenas de jovens vão todos os anos.

O filme começa a sua história no dia 21 de Julho, dia antecedente ao atentado arquitetado por Anders. Assim, acompanhamos seus passos no dia anterior e também acompanhamos a história de Viljar Hanssen, um dos sobreviventes do atentado.

Após isso, o filme nos leva para o dia 22 de Julho mostrando as manhãs de Anders e dos jovens em Utøya. Após deixar a van com uma bomba na porta de um dos prédios do governo, Anders segue caminho para o acampamento.

Pontos em destaque

Por se tratar de um filme baseado em fatos reais, é de se esperar uma intensidade maior. Afinal, é impossível retratar de maneira fiel o que realmente aconteceu em Utøya no dia 22 de Julho. No entanto, as atuações de Jonas Strand Gravli (que interpreta Viljar Hanssen) e de Anders Danielsen Lie (que interpreta Breivik) sustentam o longa.

Arrisco a dizer que a atuação de Anders Danielsen Lie foi mais que impecável. Para mim, ele foi o melhor ator do longa disparadamente, mesmo com Thorbjørn Harr (Vikings) no elenco. Ele realmente se entregou ao papel e o executou com maestria. O que te faz ficar com ainda mais ódio dele.

Outro ponto que vale o destaque é a experiência que o filme traz. Durante as cenas de ataque e as cenas em que Breivik aparecia, o longa mexia diretamente com o meu humor. Alguns momentos chegam a causar muito incômodo, o que tornou a experiência de assistir ao filme ainda mais real.

Além disso, é interessante ver como a polícia e o primeiro-ministro norueguês agiram diante do atentado de 22 de Julho. Mais um ponto que vale a atenção são as cenas do julgamento de Breivik e toda a tensão que ela passa.

Opinião 22 de Julho

Filmes baseados em fatos reais precisam de muito cuidado para não exagerar nas performances ou deixar o filme arrastado após o momento principal ocorrer. No entanto, 22 de Julho consegue manter o ritmo.

As cenas dos atentados, tanto na zona de governo quanto no acampamento, são cheias de detalhes e poucos cortes. O diretor exibe toda a cena de explosão, como ficaram os prédios e chega até mesmo a mostrar alguns feridos. Já as cenas do atentado no acampamento de Utøya são um pouco difíceis de serem assistidas e chegou a causar incômodo. Além disso, o filme traz muita comoção sobre o tema.

Contudo, apesar de ser um filme pesado de se assistir, é uma excelente chamada. Para quem deseja conhecer a história de uma maneira mais visual, eu recomendo assistí-lo.

Informações técnicas

O filme é de 2018 e foi dirigido por Paul Greengrass. O filme também rendeu ao diretor a indicação ao Leão de Ouro de 2018.

O longa encontra-se presente na Netflix e possui 2 horas e 23 minutos de duração.

Stéphanie Freitas

Mineira, 29 anos, fã de ficar em casa assistindo filmes e séries e apaixonada pelo universo literário. Escrevo resenhas sobre tudo porque sempre tem alguém buscando o que tem pra ver. Escrevo sobre a vida no Medium: https://medium.com/@stephanielff